O VLT, sigla para Veículo Leve sobre Trilhos, é um sistema de transporte público urbano que funciona sobre trilhos e possui características semelhantes às dos antigos bondes. Moderno, silencioso e com menor impacto ambiental, o VLT vem sendo adotado por diversas cidades brasileiras como alternativa sustentável para a mobilidade urbana.
Além de facilitar a integração com outros modais, como ônibus, metrô e trens metropolitanos, o VLT se destaca pela sua operação eficiente em corredores urbanos, oferecendo maior fluidez no tráfego e conforto para os passageiros.
Como funciona o VLT?
O VLT opera em trilhos, geralmente em faixas exclusivas, e é movido por energia elétrica. Por ser mais leve do que trens convencionais, ele é ideal para trajetos urbanos de média distância e com grande fluxo de passageiros. Sua operação é silenciosa, com baixíssima emissão de poluentes, tornando-se uma opção ambientalmente viável para cidades que buscam reduzir a dependência de ônibus movidos a diesel.
O embarque e desembarque são feitos em plataformas niveladas, facilitando o acesso para todos os públicos, inclusive pessoas com mobilidade reduzida. O VLT também pode circular em vias compartilhadas com outros veículos em determinados trechos.
Quais são as vantagens do VLT?
- Baixo impacto ambiental – emissão reduzida de poluentes e menor ruído
- Maior conforto – ambiente climatizado, suave aceleração e frenagem
- Eficiência operacional – intervalos regulares e menor tempo de espera
- Integração com outros modais – conexões com ônibus, trens e metrôs
- Valorização urbana – revitalização de áreas degradadas e fomento ao turismo
Cidades brasileiras que já operam com VLT
O VLT já é realidade em várias regiões do Brasil, com destaque para o Nordeste, que concentra o maior número de linhas. Veja abaixo uma lista com as principais cidades que utilizam esse modal:
1. Rio de Janeiro (RJ)
O VLT Carioca é um dos mais conhecidos do país. Inaugurado como legado dos Jogos Olímpicos de 2016, ele liga a Região Portuária ao centro da cidade e ao Aeroporto Santos Dumont. Possui 29 estações em 28 km de trilhos.
2. Baixada Santista (SP)
Atendendo as cidades de Santos e São Vicente, o VLT tem 11,1 km em operação e projeto de expansão para Praia Grande, com previsão de alcançar 26,6 km no total.
3. Sobral (CE)
O VLT de Sobral possui duas linhas, com 13,9 km de extensão e 12 estações. A tarifa é de R$ 1, com meia-entrada por R$ 0,50.
4. Cariri (CE)
Atende as cidades de Crato e Juazeiro do Norte. São 13,6 km de extensão e nove estações. Também possui tarifa reduzida de R$ 1.
5. Maceió (AL)
Conhecido informalmente como metrô, o VLT de Maceió percorre 34,7 km, conectando a capital aos municípios de Satuba e Rio Largo, com 16 estações.
6. João Pessoa (PB)
O sistema conecta Santa Rita, Bayeux e João Pessoa. Conta com 30 km e 12 estações, com previsão de expansão.
7. Recife (PE)
Com dois ramais, o VLT de Recife cobre 31,5 km e nove estações. Recentemente passou por reformas e voltou a operar integralmente.
8. Natal (RN)
O mais extenso do país: 84 km e 28 estações, conectando cinco cidades da região metropolitana. Permite vistas panorâmicas das dunas e litoral potiguar.
9. Teresina (PI)
Conhecido como “metrô de Teresina”, é na verdade um VLT com 13,5 km e 13 estações. O governo estadual anunciou tarifa zero a partir de 2025.
10. Fortaleza (CE)
Possui dois ramais, atendendo Fortaleza e Caucaia. Totaliza 60,2 km e 18 estações, integrando com o metrô da capital cearense.
Conclusão
O VLT representa uma alternativa moderna, eficiente e sustentável para o transporte urbano brasileiro. Com linhas ativas em diversas capitais e cidades médias, o Veículo Leve sobre Trilhos tem potencial para transformar a mobilidade urbana ao oferecer conforto, agilidade e baixo impacto ambiental.
A expansão do VLT em mais cidades pode representar um importante avanço na qualidade de vida nas áreas urbanas, conectando pessoas de forma mais inteligente e menos poluente.
